"SER" ESCREVER

"O QUE EU SOU E O QUE EU ESCREVO SÃO UMA COISA SÓ. TODAS AS MINHAS IDÉIAS, TODOS OS MEUS ESFORÇOS, EIS O QUE SOU." (C.G. JUNG)

terça-feira, 17 de setembro de 2013

CHUVAS DE SETEMBRO

"ACRÍTICOS = OBEDIENTES = BEM SUCEDIDOS"

"Tão belo quanto a felicidade do outro é ficar feliz pelo outro.
Tão triste como a infelicidade de si é não suportar a felicidade do outro."

"Individualismo e individuação correspondem a conceitos absolutamente diferentes. O que vejo, via de regra, é que muitos assumem o primeiro em nome do segundo. Isso causa uma cisão no entendimento de si e do entorno, levando-os ao planejamento de auto-estruturação física e "espiritual", pautada nas formulas de sucesso "recorte-cola", fazendo um mix de falas dos grandes pensadores, sejam eles filósofos, religiosos, artistas, e empresários das grandes cadeias de produtos-consumidores, etc, desde que assegurados os deleites materiais e impermeabilização do "fantástico mundinho interno". Não existe a dialética, a reflexão do todo, que define a transformação de si e do mundo, que depende da união de sensatos esforços verdadeiramente humanizados das pessoas. Façamos a escolha: a fugir ou unir.
Com a licença de eu mesmo recortar e colar aqui, me lembro de Sartre, pouco usado pelos citados (por que será? Refletir de fato a existência dói?), disse que "...escolher para si é escolher para o mundo". E Gregório de Matos, que nos deixou una reflexão deliciosamente provocante que, para mim, é uma filosofia de vida: "... o todo sem a parte não é todo; a parte sem o todo não é parte".


BOAS E MÁS CONVERSAS

"Do mesmo modo como se corrompe o espírito, corrompe-se o sentimento. O espírito e o sentimento. O espírito e o sentimento são formados pela conversa. O espírito e o sentimento corrompem-se pelas conversas. Dessa maneira, boa ou más conversas formam-no ou o corrompem. Escolher bem, para formá-lo e não corrompê-lo, é o mais importante de tudo,..."

(Blaise Pascal)

"VIU PAI!"


Na Estação da Luz, a caminho da Sala São Paulo, fio abordado por um rapaz negro, aproximadamente 25 anos, dentes muito bem cuidados, morador de rua das imediações. Ele me contou que era um ótimo profissional e que ajudava na construção de carros alegóricos. Disse que, certa vez, andava pelas ruas com alguns caras e chutou um morador de rua. Algum tempo depois, levou tiros enquanto andava na rua e, até a chegada do resgate, quem cuidou dele no chão, foi o mesmo homem que havia chutado meses antes. Ressaltou que a vida da muitas voltas. Pelo menos por três vezes na conversa, me chamou de "pai" (Viu, pai!) Me deu a mão, desejou que Deus me abençoasse e disse que o Corinthians vai "enfiar três" no Grêmio.
Sensação de rasgo no coração.

"... um pouco do exercício do ouvir, algumas vezes, tem o valor de um abraço ou um prato de comida".

LICENCIADO

Licença Creative Commons
Cartas Catarticas de Adriano C. Tardoque é licenciado sob uma Licença Creative Commons Attribution 3.0 Unported.
Permissions beyond the scope of this license may be available at http://www.facebook.com/adriano.tardoque.